Seu eu fosse você corria pro Obá nesse fim de semana. É que só vai até domingo o festival Boas-Vindas ao Marcador, em homenagem ao novo chef da casa, o mineiro Henrique Benedetti. Novo numas: o chef, que já passou pelo D.O.M. e Attimo, assumiu a cozinha do Obá em janeiro, mas só agora conseguiu elaborar um menu autoral. O cardápio tem 20 pratos, que misturam receitas familiares de Henrique (várias tiradas de um antifo livro de receitas de sua avó) e versões do chef com ingredientes típicos de festas juninas. Almocei ali hoje e comi tanto que estou ainda um pouco tonto. E posso dizer: tudo que provei estava no mínimo ótimo: temperos marcantes, caldos saborosos, execução certeira e combinações surpreendentes. Até nas sobremesa: olhas esse pudim de pão cremoso servido com canjica de milho e amendoim e sequilho de limão (R$ 16). Dá uma olhada abaixo em outras delicias do chef Benedetti – vale muito a pena!
Arquivo mensal: junho 2013
E a maior surpresa é a coxinha!
O chef Emmanuel Bassoleil deu uma renovada no cardápio do Skye, o restaurante bacanudo no último andar do hotel Unique. São cerca de 25 itens novos, entre combinados, pizzas, entradas e pratos principais. Um deles já ganhou meu coração: é uma das melhores novidades nos menus da cidade (pelo menos até agora). Trata-se do canelloni de pato confitado ao molho Rossini (R$ 93), que chega à mesa acompanhado de uma surpreendente coxinha recheda com com trufa negra e foie gras. Pense! Os canelones bem recheados vêm repousados sobre o molho intenso. A coxinha gordinha e crocante, frita com precisão, completa a sinfonia de sabores criada por Bassoleil. Mas antes de chegar aqui, tem essa polenta abaixo…
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Bettencourt sai do Trindade; agora é só d’A bela Sintra
É uma casa portuguesa, com certeza… mas acaba de perder um sócio “da terrinha“. O restaurateur lusitano Carlos Bettencourt deixou a sociedade do Trindade, português aberto há 4 anos no Itaim, com filial em Alphaville desde 2011. A chef Lola Vinagre continua no comando da cozinha. Bettencourt irá se dedicar ao A bela Sintra, de São Paulo (melhor português da cidade, que faz nove anos em novembro) e a “projetos pessoais”, além de continuar como consultor do recém-aberto Chiado. Quanto a A bela Sintra de Brasília, a casa fica com esse nome por 90 dias e depois vira mais um restaurante com a marca do grupo Trindade.
O hambúrguer proibido para menores
Faz apenas uma semana que a rede General Prime Burger lançou uma nova versão de seus famosos sanduíches e ela já é o item mais pedido do cardápio (vendo o dobro do segundo colocado!). Trata-se do Jack Melted Cheddar (R$ 28,50), hambúrguer de alcatra servido com alface, tomate, cebola frita, bacon e queijo cheddar “turbinado” com whiskey Jack Daniel’s, tudo no pão preto. “Ah, mas na hora que vai ao fogo, o álcool evapora”, você já está aí pensando. Na-na-ni-na-não: o cheddar com whiskey é preparado à parte e fica reservado. Só entra na montagem final do sanduiche, sem passar por calor; ou seja, mantém a presença álcool. É bem pouquinho e equilibrado, mas mesmo assim o lanche é proibido para menores de 18 anos. E dá pra “harmonizar” com três drinques à base do whiskey criados especialmente para acompanhar o lanche (R$ 24 cada): Jack & Citrus (Jack Daniel’s e refrigerante citrus), Jack & Cola (com whiskey e refrigerante de cola) e MaracuJack (com o destilado, polpa de maracujá, limão e refrigerante citrus). Se beber (e comer), não dirija!
General Prime Burger – R. Joaquim Floriano, 541. Itaim Bibi, tel.:(11) 3060-3333 e outras 4 unidades em São Paulo. www.primeburger.com.br
Festival de minestras pra esquentar a barriguinha
O gigante acordou – e descobriu que estava em pleno inverno! Pois é, o frio chegou mesmo e nessas horas comfort food mesmo é uma sopa quentinha. Várias casas abrem seus tradicionais bufês de sopas. Uma delas é o Mangiare, que serve até 28 de julho cinco versões de minestra, caldo típico da zona rural na Itália, que leva poucos ingredientes, cozidos em caldos leves, que alimenta e aquece a barriguinha do povo. Tem a Minestra di Riso e Fagioli (R$ 25), que leva feijão branco, arroz e tomate pelado; a Minestra di Ceci e Costine de Maiale (R$ 35), com caldo à base de grão-de-bico e costela de porco; a Minestra Clássica (R$ 20), preparada com vegetais cozidos no caldo de frango com seme di melone, massa pequena, com formato de semente de melão; a Minestra Della Famiglia (R$ 30), preparado com vegetais, presunto cru, macarrão e finalizada com pesto de manjericão; e a Minestra de Zucchini, Cacio ed Uova (R$ 30), com abobrinha, dois ovos triturados e queijo, um creme que se dissolve na sopa, em um processo semelhante ao carbonara. Consegui a receita desta última – que eu pretendo experimentar no Mangiare mesmo, pois ando numa preguiça atroz, Mas para quem quiser se aventurar e fazer em casa, parece razoavelmente simples. Se fizerem, me contem o resultado, per favore?
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Felicidade em sete etapas
Eu já havia falado aqui do Santovino Ristorante, italiano aberto e São Paulo em 2011. Voltei à casa essa semana porque, além de gostar bastante de lá, recentemente o chef Paulo Kotzent (ex-Piselli) assumiu a cozinha e mudou todo o cardápio. Outra novidade é o menu degustação, que acabei experimentando e gostando muito. São sete etapas – couvert, três antepastos, primo piato (massa), secondo piato (carne) e sobremesa – por R$ 119 por pessoa. Se quiser harmonizar com vinhos italianos, sai R$ 218. Um dos antepastos deliciosos é o Baccalà mantecato (um creme feito com bacalhau e azeite), com aspargos, ovo de codorna e um arquitetônico crocante de polenta. Olha os outros pratos abaixo.
Clos de Tapas: melhor e mais barato
Hoje almocei num dos restaurantes mais bonitos de São Paulo, o Clos de Tapas. Mas, se o ditado reza que beleza não se põe à mesa, o que chega à mesa do Clos não é só belo, mas delicioso: receitas criativas da chef Ligia Karazawa, executadas com excelência técnica, e apresentação primorosa. E agora melhorou: no menu novo, pratos principais robustos ganharam espaço, com preços mais acessíveis (na média de R$ 55), sem deixar de lado ótimas entradas e tapas, que fizeram a fama do local, e sobremesas perfeitas. Ou seja, dá pra comer muito bem e pagar um preços justo. Um desses novos pratos é o arroz cremoso de frutos do mar e espuma de kabotcha (R$ 58). Dá uma olhada nas comilança de hoje!
O paraíso dos panini
Dia dos Namorados, tudo lotado e com fila, resolvi voltar a uma casa recém-aberta que, imaginei, não teria tanta concorrência por não ser exatamente “romântica”. Acertei, mas quase que não: ainda eram 20h30 quando peguei a penúltima mesa livre do Brera. Pudera. O restaurante, pequeno e com decoração super fofa, é especializado em panini, sanduíches feitos com um pão leve, de casquinha crocante, e recheios diversos (são mais de 30 opções). Os mais gostosos, pra mim, são os que levam presunto de Parma D.O.C., amadurecido 18 meses, cortado à perfeição numa fartiadora também trazida da Itália. Meu predileto é o San Marzano (R$ 23,90, R$ 12,50 a versão mini), com presunto cru, queijo taleggio amadurecido, tomate fresco, hortelã e azeite.
Não come carne? Vá de Latino (R$ 19,90, R$ 9,50 o mini), panino de alcachofras, queijo caprino picante, tomate e alface. Tem opções de panini com salmão, presunto cozido, bresaola (presunto feito com carne bovina magra), salame, mortadela e até salmão. Todos são acompanhados de uma saladinha bem temperada. Há também brusquetas e até alguns pratos, mas eu não dispensaria os panini de jeito nenhum. Ah, minha comemoração romântica começou com um dos melhores aperol spritz (R$ 17) que já tomei nessa cidade: equilibrado, refrescante e irresistivelmente cor de laranja. Porém você também pode ir de vinho – há taças de tintos italianos a partir de R$ 14.
Brera – Al. Ministro Rocha Azevedo, 1068, Jardins, tel. (11) 3895-5855.
Paca e queixada são estrelas de menu indígena
Desde o dia 11 de junho, no Brasil a Gosto, todo dia é dia de índio. A chef Ana Luiza Trajano serve nos próximos quatro meses um menu baseado na culinária indígena. Mais especificamente, nas receitas que a chef provou na aldeia Nova Esperança, no Acre, onde passou 20 dias vivenciando a rotina dos índios Yawanawá. O cardápio, elaborado com a chef Lígia Tavares, tem petisco, entrada, carne e peixe, e traz os principais ingredientes dessa culinária (paca, moqueados de peixe, banana, milho). Você pode pedir por prato ou o menu degustação (R$ 189 por pessoa). Há também a versão harmonizada com vinhos Salton( R$ 220/pessoa). Um dos itens mais saborosos é e entrada, o Wutã (R$ 39), um creme de mandioca intenso com queixada desfiada e milho crocante. Aliás, taí a tradução de Yawanawá: Povo da Queixada. Veja abaixo os outros pratos – todos muito bons – desse menu indígena.
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Para ver, comer e se divertir
Lembra do Fechado Para Jantar? Pois é, o evento (que ocorre apenas uma vez por mês) está rolando todas as semanas de junho, na Casa Cor. Ontem estive lá e adorei. Dessa vez, o jantar acontece no Espaço Brastemp, projetado pelo arquiteto Gustavo Calazans, que se abre num terraço com vista para as pistas do Jockey Club e o skyline de prédios iluminados à beira da Marginal do Pinheiros. Os jantares são às quarta, quintas e sextas, sempre às 20h30, com menu elaborado pelo chef Raphael Despirite (e algum chef convidado) e local para apenas 40 comensais. São R$ 170 por pessoa, com direito a vinhos e cervejas Bauhaus e Santa Fé à vontade, além é claro, da comida. E tem banda tocando rock e blues ao vivo.
O menu de seis tempos varia a cada semana – ontem, o melhor prato foi o bacalhau fresco o Alasca sobre emulsão de aspargos e pó de prosciutto (foto ao lado). Outra ótima pedida foi o ravioloni de brasato ao barolo, com crocante de pistache e grana padano. O repasto terminou com éclairs da Confeitaria Dama (que você leu aqui) e café. Ah, nesse evento é cobrado à parte o ingresso à Casa Cor (R$ 32). Então, mate dois coelhos com uma só pancada: chegue cedo (a partir das 18h) e visite os ambientes da mostra, que estão lindos. Depois suba para o jantar e se divirta até mais tarde. O último será no dia 28. Os convites do Fechado Para Jantar podem ser comprados no www.foodpass.com.br e costumam acabar rapidinho. Então… manda ver!