“Vá atrás do choux cream. Se fala ‘xu-curímu’. Em qualquer metrô tem”. Essa foi a dica rápida e precisa do amigo Marcelo Yokoyama quando soube que eu estava em Tóquio, em outubro passado (aliás, ainda devo um longo post sobre essa viagem, uma das melhores da minha vida). Explico: choux cream é uma espécie de big profiterole recheado com um levíssimo creme pâstissière, um must no Japão, pelo que me disse meu amigo. La fui eu atrás do tal doce, mas não tinha em qualquer estação, não. Depois de dois dias de buscas infrutíferas, caminhava eu na estação de Akihabara (bairro famoso entre os fãs de games e mangás), dei de cara com um quiosque de doces e no mesmo instante soube que era … choux cream! Na hora exclamei “xu-curímo!” e as duas simpáticas japonesas do outro lado do balcão confirmaram veementemente com a cabeça “Hai! Xu-curímu! Xu-curímu!”.
Custava 150 ienes (cerca de R$ 3,70 na época), então o balofo aqui já ia comprando dois, mas o bom senso falou alto e comprei um só. E saí comendo pelas ruas lotadas de japoneses com cabelos coloridos e japonesas vestidas como colegiais (outro must em Tóquio, pelo que notei). Na primeira mordida, parei e quase voltei ali pra comprar uma dúzia do tal choux-cream. Que maravilha! Massa elástica, fofinha, com uma casquinha levemente crocante, muito bem recheada com um dos cremes mais macios sedosos que já provei. E nada daquela coisa enjoativa e óbvia: a doçura do creme era discreta; presente, claro, mas sem alarde. Um sonho – digo, um choux cream, mas um verdadeiro deleite da confeitaria. Acabei desobrindo outros locais em Tóquio que serviam o doce e me esbaldei.
De volta ao Brasil, trouxe várias saudades dos dez dias em que fiquei no Japão, entre elas o sabor daquela guloseima. Andando na Liberdade outro dia, com alguns amigos, após um almoço poderoso no Yamaga (já falei dele aqui), fomos tomar café no andar superior do Espaço Kazu. Quando olhei na vitrine de doces, quase parti com tudo pra cima do balcão: ali estavam enfileiradas dezenas de choux cream. Um pouquinho menores que os de Tóquio, mas não restava dúvida: eram eles! Pedi o tradicional (R$ 3,90), junto com um café. Na hora de comer, fique com medo da decepção. Bobo eu: o choux cream do Espaço Kazu é ótimo, quase tão bom quanto os do Japão. Bem feitinhos, com massa gostosa, creme macio e pouco doce, tudo na medida correta. Já voltei lá para provar a versão com amêndoas (R$ 3,90) e é ainda mais gostosa que a outra. Ah, e você ainda pode levar para casa – eles vendem até em caixa com 12 unidades, por R$ 39, se não me engano.
Não, nao comprei a caixa, pois quero perder uns quilos. Mas a tentação foi tão grande quanto o próprio Godzilla. Resisti, mas não sei até quando.
Espaço Kazu – Rua Thomas Gonzaga, 84/90, Liberdade, tel. (11) 3208-6177, www.espacokazu.com.br
Fui lá no Kazu provar o chox cream, fiquei super curiosa depois de ver sua foto e descrição no Instagram 🙂 Delicioso mesmo! Já tinha comido o do Itiriki Bakery, mas o do Kazu é mais gostoso.
Que bom, Cristiane! Mas agora me animei e estou “caçando” mais choux creams pela cidade. Vamos fazer um painel? Mande sugestões,por favor! Grande abraço e obrigado! 🙂
Claro, assim que souber de mais lugares que vendem essa delícia irei escrever aqui! 🙂 Pena que o Nami Choux fechou…não consegui ir lá a tempo. Um dia ainda vou me atrever a fazer choux em casa 😀
Muito bom mesmo! Bolo recheado também muuuito gostoso
Esse doce é muito bom!
Tem uma confeitaria nova na paulista que também faz, e é muito bom!
Lá os doces também tem influência da confeitaria japonesa.
Chama Sweet Deli e fica na galeria 2001, ao lado do conjunto nacional.
Recomendo!
Sim, Arthur! Ontem mesmo já me deram essa dica. Trabalho pertinho, essa semana mesmo irei lá. Obrigado e continue enviando dicas (e sugestões e criticas!).